1º DIA – 01/01 GÊNESIS 1:1> 4:16
Gên. 1:1 NO princípio criou Deus os céus e a terra. (2)
Na criação da Terra, Deus não dependeu de matéria preexistente. “Falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.” Sal. 33:9. Todas as coisas, materiais ou espirituais, apareceram diante do Senhor Jeová à Sua palavra, e foram criadas para Seu próprio desígnio. Os Céus e todo o seu exército, a Terra e tudo quanto nela há, vieram à existência pelo sopro de Sua boca. CBV> págs. 414,415
Gên. 1:26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem; […] (27)
O homem foi o ato que coroou a criação de Deus, feito à imagem de Deus e destinado a ser uma réplica de Deus. … O homem é muito caro a Deus, pois foi formado segundo a Sua imagem. Este fato deve impressionar-nos com a importância de ensinar por preceito e exemplo o pecado de macular, por condescendência para com o apetite ou por qualquer outro pecado, o corpo que é destinado a representar Deus ao mundo. Review and Herald, 18 de junho de 1895. CSRA> pág. 45
Gên. 2:1 ASSIM os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. (2,3)
No Éden, Deus estabeleceu o memorial de Sua obra da criação, depondo a Sua bênção sobre o sétimo dia. O sábado foi confiado a Adão, pai e representante de toda a família humana. Sua observância deveria ser um ato de grato reconhecimento, por parte de todos os que morassem sobre a Terra, de que Deus era seu Criador e legítimo Soberano; de que eles eram a obra de Suas mãos, e súditos de Sua autoridade. Assim, a instituição era inteiramente comemorativa, e foi dada a toda a humanidade. Nada havia nela prefigurativo, ou de aplicação restrita a qualquer povo. PP> pág. 48
Gên. 2:18
(24,25) E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. “Venerado… seja o matrimônio” (Heb. 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo de além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. PP> pág. 46
Gên. 3:6 E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Eva creu realmente nas palavras de Satanás, mas a sua crença não a salvou da pena do pecado. Descreu das palavras de Deus, e isto foi o que a levou à queda. No Juízo, os homens não serão condenados porque conscienciosamente creram na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade. Apesar do sofisma de Satanás indicando o contrário, é sempre desastroso desobedecer a Deus. Devemos aplicar o coração a conhecer o que é a verdade. Todas as lições que Deus fez com que fossem registradas em Sua Palavra, são para a nossa advertência e instrução. São dadas para nos salvar do engano. Da negligência às mesmas resultará ruína a nós mesmos. O que quer que contradiga a Palavra de Deus, podemos estar certos de que procede de Satanás. PP> pág. 55
Gên. 4:3
(4,5) E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
Caim e Abel representam duas classes que existirão no mundo até o final do tempo. Uma dessas classes se prevalece do sacrifício indicado para o pecado; a outra arrisca-se a confiar em seus próprios méritos; o sacrifício desta é destituído da virtude da mediação divina, e assim não é apto para levar o homem ao favor de Deus. PP> págs. 72,73
2º DIA – 02/01 GÊNESIS 4:17> 8:17
Gên. 5:22
(24) E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas.
O andar de Enoque com Deus não foi em arrebatamento de sentidos ou visão, mas em todos os deveres da vida diária. Não se tornou um eremita, excluindo-se inteiramente do mundo; pois que tinha uma obra a fazer para Deus no mundo. Na família e em suas relações com os homens, como esposo e como pai, como amigo, cidadão, foi ele um servo do Senhor, constante, inabalável. PP> pág. 85
Depois de permanecer por algum tempo entre o povo, trabalhando para os beneficiar pela instrução e exemplo, retirava-se para passar algum tempo em solidão, tendo fome e sede daquele conhecimento divino que somente Deus pode comunicar. Tendo desta maneira comunhão com Deus, Enoque vinha a refletir cada vez mais a imagem divina. Seu rosto estava radiante de uma santa luz, da própria luz que resplandece no semblante de Jesus. Saindo ele dessas comunhões divinas, mesmo os ímpios contemplavam com admiração a impressão celestial em seu rosto. PP> pág. 87
Gên. 6:5
(7) E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
A misericórdia havia cessado os seus rogos pela raça culpada. Os animais do campo e as aves do céu tinham entrado no lugar de refúgio. Noé e sua casa estavam dentro da arca; “e o Senhor os fechou por fora”. Gên. 7:16. Viu-se um lampejo de luz deslumbrante, e uma nuvem de glória, mais vívida que o relâmpago, desceu do céu e pairou diante da entrada da arca. A porta maciça, que era impossível àqueles que dentro estavam fechar, girou vagarosamente ao seu lugar por meio de mãos invisíveis. Noé ficou encerrado, e os que rejeitaram a misericórdia de Deus, excluídos. O selo do Céu estava naquela porta; Deus a havia fechado, e somente Deus a poderia abrir. Assim, quando Cristo terminar Sua intercessão pelo homem culpado, antes de Sua vinda nas nuvens do céu, fechar-se-á a porta da misericórdia. A graça divina não mais restringirá os ímpios, e Satanás terá pleno domínio sobre aqueles que rejeitaram a misericórdia. Esforçar-se-ão por destruir o povo de Deus, mas como Noé estava encerrado na arca, assim os justos estarão escudados pelo poder divino. PP> pág. 98
Manifestações mais terríveis do que as que o mundo jamais viu, serão testemunhadas por ocasião do segundo advento de Cristo. “Os montes tremem perante Ele, e os outeiros se derretem; e a Terra se levanta na Sua presença; o mundo e todos os que nele habitam. Quem parará diante do Seu furor? e quem subsistirá diante do ardor da Sua ira?” Naum 1:5 e 6. “Abaixa, ó Senhor, os Teus céus, e desce; toca os montes, e fumegarão. Vibra os Teus raios, e dissipa-os; envia as Tuas flechas, e desbarata-os.”Sal.144:5e6. PP> pág. 109
Unindo-se os raios do céu com o fogo na Terra, as montanhas arderão como uma fornalha, e derramarão terríveis correntes de lava, submergindo jardins e campos, vilas e cidades. Massas fervilhantes derretidas, ao serem arremessadas nos rios, farão com que as águas entrem em ebulição, arremetendo rochas maciças com indescritível violência, e espalhando seus fragmentos sobre a terra. Rios tornar-se-ão secos. A Terra se convulsionará; por toda parte haverá tremendos terremotos e erupções. PP> pág. 110
Assim destruirá Deus os ímpios da Terra. Mas os justos serão preservados em meio destas comoções, como o foi Noé na arca. Deus será o seu refúgio, e sob Suas asas eles estarão confiados. Diz o salmista: “Porque Tu, ó Senhor, és o meu refúgio! O Altíssimo é a Tua habitação. Nenhum mal te sucederá”. “No dia da adversidade me esconderá no Seu pavilhão; no oculto do Seu tabernáculo me esconderá.” A promessa de Deus é: “Pois que tão encarecidamente Me amou, também Eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o Meu nome.” Sal. 91:9, 10 e 14; Sal. 27:5. PP> pág.110
3º DIA – 03/01 GÊNESIS 8:18> 12:20 :
Gên. 9:3
(4) Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde.
Antes deste tempo Deus não havia dado ao homem permissão para comer alimentos animais; era Seu desígnio que a espécie humana se mantivesse inteiramente com as produções da terra; mas agora que toda a erva verde tinha sido destruída, permitiu-lhes comer a carne dos animais limpos que haviam sido preservados na arca. PP> pág. 107
Gên. 9:13
O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.
No Céu, uma semelhança de arco-íris rodeia o trono, e estende-se como uma abóbada por sobre a cabeça de Cristo. Diz o profeta: “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplandor em redor [do trono]; este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor.” Ezeq. 1:28. O escritor do Apocalipse declara: “Eis que um trono estava posto no Céu, e Um assentado sobre o trono. … E o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.” Apoc. 4:2 e 3. Quando o homem pela sua grande impiedade convida os juízos divinos, o Salvador, intercedendo junto ao Pai em seu favor, aponta para o arco nas nuvens, para o arco celeste em redor do trono e acima de Sua cabeça, como sinal da misericórdia de Deus para com o pecador arrependido. PP> pág. 107
Gên 11:1
E ERA toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
Ali resolveram edificar uma cidade, e nela uma torre de altura tão estupenda que havia de torná-la uma maravilha do mundo. Estes empreendimentos destinavam-se a impedir que o povo se espalhasse ao longe, em colônias. Deus determinara que os homens se dispersassem pela Terra toda, para povoá-la e subjugá-la; mas estes construtores de Babel resolveram conservar unida a sua comunidade, em um corpo, e fundar uma monarquia que finalmente abrangesse a Terra inteira. Assim, a sua cidade tornar-se-ia a metrópole de um império universal; sua glória imporia a admiração e homenagem do mundo, e tornaria ilustres os fundadores. A magnificente torre, atingindo os céus, tinha por fim permanecer como um monumento do poder e sabedoria de seus construtores, perpetuando a sua fama até as últimas gerações. PP págs. 118,119
Gên. 11:5
(6-9) Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;Os homens de Babel tinham-se decidido a estabelecer um governo que fosse independente de Deus. PP> 123
Há edificadores de torre em nosso tempo. Os incrédulos constroem suas teorias pelas supostas deduções da Ciência, e rejeitam a Palavra revelada de Deus. Pretendem dar sentença contra o governo moral de Deus; desprezam Sua lei e vangloriam-se da suficiência da razão humana. Então, “visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal”. Ecl. 8:11. PP> págs. 123,124
No professo mundo cristão, muitos se desviam dos claros ensinos da Bíblia, e edificam um credo com especulações humanas e fábulas aprazíveis; e apontam para a sua torre como um caminho para subir ao Céu. Os homens ficam tomados de admiração ante a eloqüência, enquanto esta ensina que o transgressor não morrerá, que a salvação pode ser conseguida sem a obediência à lei de Deus. Se os professos seguidores de Cristo aceitassem a norma de Deus, esta os levaria à unidade; mas enquanto a sabedoria humana for exaltada sobre a Sua santa Palavra, haverá divisões e dissensão. A confusão existente entre credos e seitas em conflito uns com os outros, é apropriadamente representada pelo termo “Babilônia”, que a profecia aplica às igrejas amantes do mundo, dos últimos dias. Apoc.14:8;18:2. PP> pág. 124
O tempo do juízo de Deus está próximo. O Altíssimo descerá para ver o que os filhos dos homens têm edificado. PP> pág. 124
4º DIA – 04/01 GÊNESIS 13:1> 17:18
Gên. 13:8
(9-13) E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos.
Aqui se ostentou o nobre e abnegado espírito de Abraão. Quantos, em circunstâncias idênticas, não se apegariam com todo o risco aos seus direitos e preferências individuais! Quantos lares não se têm desta maneira esfacelado. Quantas igrejas não se têm desagregado, tornando a causa da verdade objeto de zombaria e injúria entre os ímpios! “Não haja contenda entre mim e ti”, disse Abraão, “porque irmãos somos”, não somente pelo parentesco natural, mas como adoradores do verdadeiro Deus. Os filhos de Deus, pelo mundo inteiro, são uma família, e o mesmo espírito de amor e conciliação os deve governar. “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rom. 12:10) – é o ensino de nosso Salvador. A cultura de uma cortesia uniforme, de uma disposição para fazer aos outros conforme desejaríamos que nos fizessem, extinguiria a metade dos males da vida. O espírito de engrandecimento próprio é o espírito de Satanás; mas o coração em que o amor de Cristo é acalentado, possuirá aquela caridade que não busca o seu próprio proveito. Tal coração dará atenção ao mandado divino: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”. Filip. 2:4. PP> págs. 132,133
Gên. 14:18
(19,20) E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.
O sistema do dízimo remonta para além dos dias de Moisés. Requeria-se dos homens que oferecessem dons a Deus com intuitos religiosos, antes mesmo que o sistema definido fosse dado a Moisés – já desde os dias de Adão. Cumprindo o que Deus deles requer, deviam manifestar em ofertas a apreciação das misericórdias e bênçãos a eles concedidas. Isto continuou através de sucessivas gerações, e foi observado por Abraão, que deu dízimos a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. CSM> pág. 69
Gên. 16:1
2 ORA Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
Lisonjeada pela honra de sua nova posição como esposa de Abraão, e esperando ser a mãe da grande nação que dele descenderia, Hagar se tornou orgulhosa, jactanciosa, e tratou sua senhora com desprezo. Ciúmes recíprocos perturbavam a paz do lar que fora feliz. Obrigado a escutar as queixas de ambas, Abraão inutilmente se esforçou por estabelecer de novo a harmonia. Se bem que fosse pelos rogos encarecidos de Sara que ele desposara Hagar, ela o censurava agora como o faltoso. Desejava banir sua rival; mas Abraão recusou-se a consentir nisto; pois Hagar seria mãe de seu filho, como ele ansiosamente esperava, o filho da promessa. Ela era serva de Sara, contudo; e ele a deixou ainda sob o domínio de sua senhora. O espírito altivo de Hagar não tolerava a aspereza que sua própria insolência provocara. “E afligiu-a Sarai, e ela fugiu da sua face.” Gên. 16:6-13 PP> pág. 145
Gên. 17:1
(5,6) SENDO, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.
Abraão aceitara sem pôr em dúvida a promessa de um filho, mas não esperou que Deus cumprisse a palavra no tempo e maneira que Ele o entendia. Foi permitida uma demora para provar sua fé no poder de Deus; mas ele não pôde suportar a prova. Achando impossível que lhe fosse dado um filho em sua avançada idade, Sara sugeriu, como um plano pelo qual o propósito divino poderia cumprir-se, que uma de suas servas fosse tomada por Abraão como segunda mulher. A poligamia se tornara tão espalhada que deixara de ser considerada como pecado; mas nem por isso deixava de ser uma violação da lei de Deus, e era de resultado fatal à santidade e paz na relação da família. Do casamento de Abraão com Hagar resultaram males, não somente para a sua própria casa, mas para as gerações futuras. PP> pág. 145
5º DIA – 05/01 GÊNESIS 17:19> 20:8
Gên 18:14
(15,16) Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho.
Quando Abraão tinha quase cem anos de idade, a promessa de um filho foi-lhe repetida, com a informação de que o futuro herdeiro seria filho de Sara. … O nascimento de Isaque, trazendo a realização de suas mais caras esperanças, após uma espera da duração de uma vida, encheu de alegria as tendas de Abraão e Sara. … A Verdade Sobre os Anjos> pág. 77
ABRAÃO INTERCEDE COM DEUS PELOS HOMENS – GÊN. 18:20-33>
O amor pelas almas que pereciam, inspirava a oração de Abraão. Ao mesmo tempo em que lhe repugnavam os pecados daquela cidade corrupta, desejava que os pecadores pudessem salvar-se. Seu profundo interesse por Sodoma mostra a ansiedade que devemos experimentar pelos impenitentes. Devemos alimentar ódio ao pecado, mas piedade e amor para com o pecador. Em redor de nós existem almas que descem à ruína, tão irremediável, tão terrível, como aquela que recaiu sobre Sodoma. Cada dia o tempo de graça de alguém se encerra. Cada hora alguns passam para além do alcance da misericórdia. E onde estão as vozes de aviso e rogo, mandando o pecador fugir desta condenação terrível? Onde estão as mãos estendidas para o fazer retroceder do caminho da morte? Onde estão os que com humildade e fé perseverante intercedem junto a Deus por ele? PP> pág. 140
Gên 19:12
(13,14) Então disseram aqueles homens a Ló: Tens alguém mais aqui?
Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; Ló escolheu Sodoma como residência, porque olhou mais às vantagens temporais que havia de obter, que às influências morais que o cercariam, a ele e à família. Que lucrou ele quanto aos bens deste mundo? Seus bens foram destruídos, morreu parte de seus filhos na destruição da ímpia cidade, a esposa transformou-se em estátua de sal à beira do caminho, e ele próprio salvou-se “como pelo fogo”. I Cor. 3:15. E não findaram aí os maus resultados de sua escolha egoísta; a corrupção moral daquele lugar tanto se havia entretecido no caráter de seus filhos, que não podiam discernir entre o bem e o mal, entre o pecado e a justiça. The Signs of the Times, 29 de maio de 1884. MJ> pág. 419
Gên. 19:15
(16-18,23-26) E ao amanhecer os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade.
O Redentor do mundo declara que há maiores pecados do que aqueles pelos quais Sodoma e Gomorra foram destruídas. Aqueles que ouvem o convite do evangelho chamando os pecadores ao arrependimento, e não o atendem, são mais culpados perante Deus do que o foram os moradores do vale de Sidim. E ainda maior pecado é o daqueles que professam conhecer a Deus e guardar os Seus mandamentos, e contudo negam a Cristo em seu caráter e vida diária. À luz da advertência do Salvador, a sorte de Sodoma é um aviso solene, não simplesmente para os que são culpados de pecado declarado, mas a todos que têm em pouca conta a luz e privilégios enviados pelo Céu. PP> pág. 165
Vós que estais a desdenhar os oferecimentos da misericórdia, pensai nos inúmeros registros que contra vós se acumulam nos livros do Céu: pois há um relatório feito das impiedades das nações, das famílias, dos indivíduos. Deus pode suportar muito enquanto a conta prossegue; e convites ao arrependimento e oferecimentos de perdão podem ser feitos; contudo, tempo virá em que a conta se completará, em que se fez a decisão da alma, em que se fixou o destino do homem pela sua própria escolha. Dar-se-á então o sinal para ser executado o juízo. PP> pág. 165
Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a Terra em assolação, e destruir os pecadores dela.” Isa. 13:9. A maioria no mundo rejeitará a misericórdia de Deus, e submergir-se-á na repentina e irreparável ruína. Mas aquele que atender à advertência, habitará “no esconderijo do Altíssimo”, e “à sombra do Onipotente descansará”. “Sua verdade” será seu “escudo e broquel”. Para ele é a promessa: “Dar-lhe-ei abundância de dias, e lhe mostrarei a Minha salvação” Sal. 91:1, 4 e 16. PP> pág.167
6º DIA – 06/01 GÊNESIS 20:9> 24:11
Gên. 21:14
(16-20) Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba.
5 Sara viu na disposição turbulenta de Ismael uma fonte perpétua de discórdias, e apelou para Abraão, insistindo que Hagar e Ismael fossem despedidos do acampamento.
O patriarca foi lançado em grande angústia. Como poderia banir a Ismael, seu filho, ainda ternamente amado? Em sua perplexidade rogou a orientação divina. O Senhor, por meio de um santo anjo, determinou-lhe satisfazer o desejo de Sara. … E o anjo lhe fez a promessa consoladora de que, ainda que separado do lar de seu pai, Ismael não seria abandonado por Deus; sua vida seria preservada, e ele se tornaria o pai de uma grande nação. Abraão obedeceu à palavra do anjo, mas não sem uma dor aguda. Patriarcas e Profetas, págs. 146 e 147. A Verdade Sobre os Anjos> págs. 77,78
Gên. 22:8
(12,13) E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos.
O severo, amante e sofredor pai caminhava firmemente ao lado de seu filho. Ao chegarem ao lugar que Deus havia determinado a Abraão, edificou ali um altar e colocou em ordem a lenha, pronta para o sacrifício, e então informou a Isaque a ordem de Deus de oferecê-lo em holocausto. Repetiu-lhe a promessa que Deus fizera várias vezes, que mediante Isaque ele se tornaria uma grande nação, e que mesmo executando a ordem de Deus de matá-lo, Deus cumpriria Sua promessa, pois era capaz de ressuscitá-lo da morte. HR> pág. 82
Era Abraão homem idoso quando recebeu de Deus a impressionante ordem de oferecer seu filho Isaque como oferta queimada. Abraão, mesmo em sua geração era considerado velho. Desvanecera-se-lhe o ardor da juventude. Já não lhe era fácil suportar dificuldades e enfrentar perigos. No vigor da mocidade o homem enfrenta a tempestade com altiva consciência de força, e ergue-se acima de desencorajamentos que em sua vida posterior lhe fariam o coração desfalecer, quando os seus passos vacilam rumo da sepultura. TSv1> 484
Sua idade não o escusa de obedecer aos mandamentos divinos. Abraão foi duramente provado em sua velhice. As palavras do Senhor se afiguravam terríveis e indesejadas àquele ancião combalido; todavia ele nunca pôs em dúvida sua justiça nem hesitou na obediência. Poderia ter alegado que era velho e débil, não podendo sacrificar o filho que era a alegria de sua vida. Poderia ter lembrado ao Senhor que aquela ordem estava em desarmonia com as promessas que lhe haviam sido dadas a respeito de seu filho. Mas a obediência de Abraão, prestava-a ele sem murmurar nem acusar. Era implícita sua confiança em Deus. TSv1> págs. 500,501
Gên. 24:1 E ERA Abraão já velho e adiantado em idade, e o Senhor havia abençoado a Abraão em tudo.
Abraão se tornara velho, e esperava logo morrer; todavia, restava-lhe cumprir um ato, assegurando o cumprimento da promessa à sua posteridade. Isaque era o que fora divinamente designado para suceder-lhe como guarda da lei de Deus, e ser pai do povo escolhido; ele, porém, ainda era solteiro. Os habitantes de Canaã eram dados à idolatria, e Deus havia proibido casamentos entre o Seu povo e aqueles, sabendo que tais casamentos conduziriam à apostasia. O patriarca receou o efeito das influências corruptoras que rodeavam seu filho. A fé habitual de Abraão em Deus, e sua submissão à vontade dEle, refletiam-se no caráter de Isaque; mas as afeições do jovem eram fortes, e ele era de uma disposição gentil e dócil. Unindo-se a alguém que não temesse a Deus, ele estaria em perigo de sacrificar os princípios por amor à harmonia. No espírito de Abraão, a escolha de uma esposa para seu filho era assunto de muita importância; estava desejoso de que ele se casasse com uma que não o afastasse de Deus. PP> pág. 171
7º DIA – 07/01 GÊNESIS 24:12> 26:7
Gên. 24:37
(38-40,50) E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito;
Nos tempos antigos, os contratos de casamento eram geralmente feitos pelos pais; e este era o costume entre os que adoravam a Deus. De ninguém se exigia casar com aquele a quem não podia amar; mas na concessão de suas afeições o jovem era guiado pelo discernimento de seus pais experientes e tementes a Deus. Era considerado uma desonra para os pais, e mesmo crime, seguir caminho contrário a este. PP> pág. 170
Pessoa alguma que tema a Deus, pode, sem perigo, ligar-se a outra que O não tema. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Amós 3:3. A felicidade e prosperidade da relação matrimonial depende da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão a servir dois senhores, entre os quais não pode haver concórdia. Por mais puros e corretos que sejam os princípios de um, a influência de um companheiro ou companheira incrédula terá uma tendência para afastar de Deus. PP> pág. 174
Isaque foi altamente honrado por Deus, sendo feito herdeiro das promessas pelas quais o mundo deveria ser bendito; entretanto, aos quarenta anos de idade, sujeitou-se ao ensino de seu pai ao designar seu servo experimentado e temente a Deus, a fim de escolher-lhe uma esposa. E o resultado daquele casamento, conforme é apresentado nas Escrituras, é um quadro, terno e belo, de felicidade doméstica: “E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim, Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.” Gên. 24:67. Patriarcas e Profetas, pág. 175. LA> pág. 174
Gên. 25:27 (28) E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.
Devido à sua indiferença para com as bênçãos e preceitos divinos, Esaú é nas Escrituras chamado “profano”. Heb. 12:16. Representa aqueles que têm em pouco valor a redenção a eles comprada por Cristo, e estão prontos para sacrificar sua herança no Céu por amor às coisas perecíveis da Terra. Multidões vivem para o presente, sem qualquer pensamento ou cuidado pelo futuro. PP pág. 181
Como Esaú, clamam: “Comamos e bebamos que amanhã morreremos.” I Cor. 15:32. São governados pela inclinação; e de preferência a praticar a abnegação renunciam às mais valiosas considerações. No caso em que uma destas coisas deva ser abandonada – ou a satisfação de um apetite depravado, ou as bênçãos celestiais prometidas somente ao abnegado e temente a Deus – prevalecem as exigências do apetite, e Deus e o Céu são virtualmente desprezados. Quantos, mesmo dos professos cristãos, aderem a certas satisfações que são prejudiciais à saúde, e que embotam as sensibilidades da alma! Quando se apresenta o dever de se purificarem de toda a imundície da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus, escandalizam-se. Vêem que não podem reter estas nocivas satisfações e ao mesmo tempo alcançar o Céu; e concluem que, visto ser o caminho da vida eterna tão estreito, não mais andarão nele. PP> pág. 182
Multidões estão a vender seu direito de primogenitura pela satisfação sensual. A saúde é sacrificada, as faculdades mentais enfraquecidas, e perdido o Céu; e tudo por um simples prazer temporário – condescendência que debilita e avilta ao mesmo tempo. Assim como Esaú despertou-se para ver a loucura de sua permuta precipitada quando era demasiado tarde para recuperar sua perda, assim será no dia de Deus para aqueles que houverem trocado sua herança no Céu pela satisfação egoísta. PP> pág. 182
Gên. 26:17
Então Isaque partiu dali e fez o seu acampamento no vale de Gerar, e habitou lá.
24 (25)E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo.
8º DIA – 08/01 GÊNESIS 26:8> 28:19
Gên 26:5
(ref. dia 7) Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
Seu próprio exemplo, [de Abraão] a influência silenciosa de sua vida diária, eram uma lição constante. A persistente integridade, a beneficência e cortesia abnegada, que haviam conquistado a admiração dos reis, eram ostentadas em seu lar. Havia uma fragrância em torno de sua vida, uma nobreza e formosura de caráter, que revelavam a todos que ele estava em ligação com o Céu. Ele não negligenciava a alma do mais humilde servo. Em sua casa não havia uma lei para o senhor e outra para o servo; um régio caminho para o rico, e outro para o pobre. Todos eram tratados com justiça e compaixão, como herdeiros com ele da graça da vida. PP> pág. 142
Devemos chegar a uma posição em que cada diferença seja dissipada. Se julgo ter luz, cumprirei meu dever apresentando-a. Suponde que eu consultasse os outros quanto à mensagem que o Senhor quer que dê ao povo; poderia a porta fechar-se de modo que a luz não pudesse alcançar aqueles para quem Deus a enviou. Quando Jesus, cavalgando, entrou em Jerusalém, “toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no Céu e glória nas alturas! E disseram-Lhe dentre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os Teus discípulos. E, respondendo Ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.” Luc. 19:37-40. Reviewand Herald, 18 de fevereiro de 1890. TMOE> pág. 104
Gên. 28:1
(2-4,10) E ISAQUE chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã; 2
(3,4,10) Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe;
Jacó não foi feliz em seus casamentos, embora suas esposas fossem irmãs. Ele formulou com Labão um contrato de casamento com sua filha Raquel, a quem amava. Depois de ter servido sete anos por Raquel, Labão o enganou e lhe deu Lia. Quando Jacó compreendeu o engano que tinha sido praticado contra ele, e que Lia tinha tido parte em enganá-lo, ele não pôde amá-la. Labão desejou reter os fiéis serviços de Jacó por maior espaço de tempo, então o enganou dando-lhe Lia em lugar de Raquel. Jacó reprovou Labão por leviandade com suas afeições, dando-lhe Lia, a quem não amava. Labão persuadiu Jacó a não repudiar Lia, pois isso seria considerado uma grande desgraça, não somente para a esposa, mas para toda a família. HR> pág. 89
Gên. 28:11
(12-17) E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
Nesta visão o plano da redenção foi apresentado a Jacó, não completamente, mas nas partes que para ele eram essenciais naquela ocasião. A escada mística que lhe fora revelada no sonho era a mesma a que Cristo Se referiu em Sua conversa com Natanael. Disse Ele: “Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem.” João 1:51. Até o tempo da rebelião do homem contra o governo de Deus, tinha havido livre comunicação entre Deus e o homem. Mas o pecado de Adão e Eva separou a Terra do Céu, de modo que o homem não podia ter comunhão com seu Criador. Todavia, o mundo não foi deixado em uma solitária desesperança. A escada representa Jesus, o meio designado para a comunicação. Não houvesse Ele com Seus próprios méritos estabelecido uma passagem através do abismo que o pecado efetuou, e os anjos ministradores não podiam ter comunhão com o homem decaído. Cristo liga o homem em sua fraqueza e desamparo, à fonte do poder infinito. PP> pág. 184
9º DIA – 09/01 GÊNESIS 28:20> 31:21
Gên. 29:3 (7,8;30:27,30) E ajuntavam ali todos os rebanhos, e removiam a pedra de sobre a boca do poço, e davam de beber às ovelhas; e tornavam a pôr a pedra sobre a boca do poço, no seu lugar.
Quando Jacó, tornando-se cansado ao serviço de Labão, propôs voltar para Canaã, disse ao sogro: “Deixa-me ir, que me vá ao meu lugar, e à minha terra. Dá-me as minhas mulheres, e os meus filhos, pelas quais te tenho servido, e ir-me-ei; pois tu sabes o meu serviço que te tenho feito.” Mas Labão instou com ele para que ficasse, declarando: “Tenho experimentado que o Senhor me abençoou por amor de ti.” Gên. 30:25-27. Ele viu que sua propriedade estava aumentando sob o cuidado do genro. PP> pág. 192
Disse Jacó: “O pouco que tinhas antes de mim, é aumentado até uma multidão.” Gên. 30:30. Mas, passando-se o tempo, Labão ficou invejoso da prosperidade maior de Jacó, que “cresceu” “em grande maneira, e teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos”. Gên. 30:43. Os filhos de Labão partilhavam da inveja do pai, e suas palavras maliciosas vieram aos ouvidos de Jacó: Ele “tem tomado tudo o que era de nosso pai, e do que era de nosso pai fez ele toda esta glória. Viu também Jacó o rosto de Labão, e eis que não era para com ele como dantes”. Gên. 31:2. PP> págs. 192,193
Labão era egoísta em seus negócios com Jacó. Pensava unicamente em vantagens próprias do fiel labor de Jacó. Este teria deixado o astucioso Labão muito antes, mas temia encontrar-se com Esaú. Ouvia as queixas dos filhos de Labão, dizendo: “Jacó se apossou de tudo o que era de nosso pai; e do que era de nosso pai juntou ele toda essa riqueza. Jacó, por sua vez, reparou que o rosto de Labão não lhe era favorável, como anteriormente.” HR> pág. 90
Jacó ficou angustiado. Não sabia para que lado se volver. Apresentou seu caso a Deus e rogou pela Sua direção. O Senhor misericordiosamente respondeu a sua angustiada oração. “E disse o Senhor a Jacó: Torna à terra dos teus pais, e à tua parentela e Eu serei contigo.” Gên. 31:3. HR> pág. 90
Gên. 31:3
(42) E disse o Senhor a Jacó: Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo.
A ausência de Labão ofereceu oportunidade para a partida. Os rebanhos e gado foram reunidos depressa e mandados adiante, e, com suas mulheres, filhos e servos, Jacó atravessou o Eufrates, apressando-se para Gileade, nas fronteiras de Canaã. Depois de três dias, Labão soube da fuga deles, e pôs-se em seu encalço, alcançando a multidão no sétimo dia de viagem. Estava ardendo em ira, e resolvido a fazê-los voltar, o que não duvidava poder fazer, visto que seu grupo era muito mais forte. Os fugitivos estavam na verdade em grande perigo. PP> pág. 193
O não haver ele levado a efeito seu plano hostil foi devido ao fato de que Deus mesmo interviera em proteção de Seu servo. “Poder havia em minha mão para vos fazer mal”, disse Labão, “mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales a Jacó nem bem nem mal” (Gên. 31:29); isto é, ele não deveria obrigá-lo a voltar, ou instar com o mesmo, mediante propostas lisonjeiras. PP> pág. 193
Labão tinha retido para si o dote matrimonial de suas filhas, e sempre tratara a Jacó com engano e aspereza; mas com uma dissimulação característica censurou-o agora pela sua partida secreta, a qual não dera ao pai oportunidade de fazer uma festa para a partida, ou mesmo para dizer adeus a suas filhas e filhos delas. PP> pág. 193
Labão não pôde negar os fatos apresentados, e propôs então entrar em um concerto de paz. Jacó consentiu na proposta, e uma pilha de pedras foi erguida como sinal do pacto. A esta pilha deu Labão o nome de Mispa, “torre de vigia”, dizendo: “Atente ou “vigie” o Senhor entre mim e ti, quando nós estivermos apartados um do outro.” PP> págs. 193,194
“Disse mais Labão a Jacó: Eis aqui este mesmo montão, e eis aqui essa coluna que levantei entre mim e ti. Esse montão seja testemunha, e esta coluna seja testemunha, que eu não passarei este montão para lá, e que tu não passarás este montão e esta coluna para cá, para mal. O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus de seu pai julgue entre nós. E jurou Jacó pelo temor de seu pai Isaque.” Gên. 31:52 e 53. Para confirmar o tratado, os dois partidos realizaram um banquete. A noite foi passada em comunhão agradável; e, ao romper da aurora, Labão e seu grupo partiram. Com esta separação cessou todo o traço de conexão entre os filhos de Abraão e os moradores da Mesopotâmia. PP> pág. 194
10º DIA – 10/01 GÊNESIS 31:22> 34:9
Gên. 32:1 JACÓ também seguiu o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus.
2 E Jacó disse, quando os viu: Este é o exército de Deus. E chamou aquele lugar Maanaim
24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu.
26 E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.
A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo. O profeta Jeremias, em santa visão, olhando para este tempo, disse: “Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz… Por que se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó; ele porém será livrado dela.” Jer. 30:5-7. PP> pág. 201
Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc. 22:11. Então o Espírito repressor de Deus é retirado da Terra. Assim como Jacó foi ameaçado de morte por seu irmão irado, o povo de Deus estará em perigo por parte dos ímpios, que procurarão destruí-los. E assim como o patriarca lutou toda a noite para conseguir livramento da mão de Esaú, clamarão os justos a Deus dia e noite por livramento dos inimigos que os cercam. PP> pág.201
Jacó e Esaú representam duas classes: Jacó, os justos, e Esaú, os ímpios. A angústia de Jacó, quando compreendeu que Esaú estava marchando contra ele com quatrocentos homens, representa a angústia dos justos ante o decreto que os condena à morte, exatamente antes da vinda do Senhor. Com os ímpios unidos contra eles, serão tomados de angústia, pois como Jacó, não podem ver escape para sua vida. O anjo colocou-se diante de Jacó, e este o segurou e reteve e lutou com ele durante toda a noite. Assim também farão os justos no seu tempo de provação e angústia, lutando em oração com Deus, como Jacó lutou com o anjo. Jacó, em sua aflição, orou toda a noite por livramento das mãos de seu irmão. Os justos, em sua angústia mental, haverão de clamar a Deus dia e noite por livramento das mãos dos ímpios que os rodeiam. HR> pág. 97
Aqueles que não estiverem dispostos a abandonar todo o pecado e buscar fervorosamente a bênção de Deus, não a obterão. PP> pág. 203
Gên. 33:13
(12,14) Porém ele lhe disse: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros, e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se as afadigarem somente um dia, todo o rebanho morrerá.
Os pais devem ser os únicos mestres dos filhos até que eles cheguem à idade de oito ou dez anos. Assim que a mente lhes permita compreendê-lo, cumpre aos pais abrir diante deles o grande livro divino da Natureza. A mãe deve ter menos amor pelo artificial em casa e no preparo de vestidos para ostentação, e tomar tempo para cultivar, em si mesma e em seus filhos, o amor dos belos botões e flores a desabrochar. Chamando a atenção dos filhos às diferentes cores e variadas formas, pode relacioná-las com Deus, que fez todas as belas coisas que os atraem e deliciam. Pode elevar-lhes a mente ao Criador, e despertar nos tenros corações a afeição para com o Pai celeste, que manifestou por eles tão grande amor. Os pais podem associar Deus com todas as obras de Sua criação. A única sala de aula para as crianças de oito a dez anos, deve ser ao ar livre, entre as flores a desabrochar e os belos cenários da Natureza, sendo para elas o livro de estudo mais familiar os tesouros da própria Natureza. Estas lições, gravadas na mente das tenras crianças por entre as agradáveis e atrativas cenas campestres, jamais serão esquecidas. Conselhos Sobre Educação> pág. 7
11º DIA – 11/01 GÊNESIS 34:10> 37:9
Gên 35:1 DEPOIS disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu, quando fugiste da face de Esaú teu irmão.
2 (3) Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes.
Atravessando o Jordão, “chegou Jacó salvo à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã”. Gên. 33:18. Assim, a oração do patriarca em Betel, para que Deus o trouxesse novamente em paz à sua terra, fora deferida. Durante algum tempo ele habitou no vale de Siquém. Foi aqui que Abraão, mais de cem anos antes, fizera seu primeiro acampamento, e construíra seu primeiro altar, na terra da promessa. Ali Jacó “comprou uma parte do campo em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro. E levantou ali um altar, e chamou-o Deus, o Deus de Israel”. Gên. 33:19 e 20. Como Abraão, Jacó erguera ao lado de sua tenda um altar ao Senhor, convocando os membros de sua casa para o sacrifício da manhã e da tarde. Foi ali também que ele cavou o poço, ao qual, dezessete séculos mais tarde, veio o Filho de Jacó, o Salvador, e ao lado do qual, descansando durante o calor do dia, falou aos Seus ouvintes maravilhados daquela “fonte d”água que salte para a vida eterna”. João 4:14. PP> pág. 204
A permanência de Jacó e seus filhos em Siquém terminou em violência e mortandade. A única filha da casa fora levada ao opróbrio e tristeza; dois irmãos ficaram envolvidos no crime de assassínio; uma cidade inteirafora entregue à ruína e morticínio, em represália da ação ilegal de um jovem temerário. O princípio que determinara resultados tão terríveis foi o ato da filha de Jacó, a qual “saiu” a “ver as filhas da terra” (Gên. 34), arriscando-se desta maneira à camaradagem com os ímpios. Aquele que procura prazeres entre os que não temem a Deus, está a colocar-se no terreno de Satanás, e a convidar suas tentações. PP> pág. 204
Gên. 35:5
(6-8,11) E partiram; e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó.
9 E apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o.
10 E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.
Com profunda emoção Jacó repetiu a história de sua primeira visita a Betel, quando deixou a tenda de seu pai como um errante solitário, fugindo para salvar a vida, e como o Senhor lhe apareceu na visão noturna. Revendo ele o trato maravilhoso de Deus para consigo, seu próprio coração se enterneceu, seus filhos também foram tocados por um poder que os constrangia; ele lançara mão do meio mais eficaz para os preparar a fim de tomarem parte no culto de Deus quando chegassem a Betel. “Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.” Gên. 35:4. PP> pág. 205
Deus fizera com que um temor caísse sobre os habitantes da terra, de modo que não fizessem tentativa alguma para vingarem o morticínio de Siquém. Os viajantes chegaram a Betel sem serem molestados. Ali o Senhor apareceu de novo a Jacó, e renovou-lhe a promessa do concerto. “E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com Ele, uma coluna de pedra.” Gên. 35:14. PP> pág. 206
Finalmente Jacó chegou ao fim de sua viagem, “a seu pai Isaque, a Manre, … (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque”. Ali ficou ele durante os anos finais da vida de seu pai. A Isaque, enfermo e cego, as bondosas atenções desse filho havia tanto tempo ausente, foram um conforto durante anos de solidão e privação de seus entes queridos. PP> pág. 207
12º DIA – 12/01 GÊNESIS 37:10> 40:15
Gên.37:14
(15-18,28) E ele lhe disse: Ora vai, vê como estão teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a Siquém.
Houve um, entretanto, de caráter grandemente diverso – o filho mais velho de Raquel, José, cuja rara beleza pessoal não parecia senão refletir uma beleza interior do espírito e do coração. Puro, ativo e alegre, o rapaz dava prova também de ardor e firmeza moral. Escutava as instruções do pai, e gostava de obedecer a Deus. As qualidades que depois o distinguiram no Egito – gentileza, fidelidade e veracidade, já eram manifestas em sua vida diária. Morrendo-lhe a mãe, suas afeições prenderam-se mais intimamente ao pai, e o coração de Jacó estava ligado a este filho de sua velhice. Ele “amava a José mais do que a todos os seus filhos”.Gên.37:3. PP> pág. 209
Achando-se o rapaz perante os irmãos, brilhando seu belo rosto pelo Espírito de inspiração, não puderam deixar de admirá-lo; porém não optaram pela renúncia de seus maus caminhos, e odiaram a pureza que lhes reprovava os pecados. O mesmo espírito que atuava em Caim, abrasava-se em seus corações. PP> pág. 210
O desígnio de Deus era que por intermédio de José a religião bíblica fosse introduzida entre os egípcios. Esta fiel testemunha devia representar a Cristo na corte dos reis. Por meio de sonhos, Deus Se comunicou com José em sua juventude, dando-lhe uma indicação da elevada posição que ele seria convidado a ocupar. Os irmãos de José, para impedir o cumprimento de seus sonhos, venderam-no como escravo, mas o seu ato de crueldade resultou na execução daquilo mesmo que os sonhos haviam predito. E Recebereis Poder(MM)> pág. 258
Gên. 39:3
(4) Vendo, pois, o seu senhor que o Senhor estava com ele, e tudo o que fazia o Senhor prosperava em sua mão,
5 E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.
21 (22) O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.
23 E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele, e tudo o que fazia o Senhor prosperava.
Chegando ao Egito, José foi vendido a Potifar, capitão da guarda do rei, a cujo serviço ficou durante dez anos. Ali foi exposto a tentações nada triviais. Estava em meio da idolatria. O culto aos deuses falsos era rodeado de toda a pompa da realeza, apoiado pela riqueza e cultura da nação mais altamente civilizada então existente. José, todavia, preservou sua simplicidade e fidelidade para com Deus. As cenas e ruídos do vício estavam ao redor dele; porém, era ele como quem não via e não ouvia. Aos seus pensamentos não permitia ocupar-se com assuntos proibidos. O desejo de alcançar o favor dos egípcios não o poderia fazer esconder os seus princípios. Se tivesse tentado fazer isto, teria sido vencido pela tentação; mas não se envergonhava da religião de seus pais, e não fazia esforços para esconder o fato de ser adorador de Jeová. PP> pág. 214
José gradualmente ganhou a confiança do guarda da prisão, e foi-lhe finalmente confiado o cuidado de todos os presos. Foi a parte que ele desempenhou na prisão – integridade de sua vida diária e simpatia por aqueles que estavam em perturbação e angústia – o que abriu o caminho para a sua prosperidade e honra futura. Todo o raio de luz que derramamos sobre outrem, reflete-se em nós mesmos. Toda palavra amável e cheia de simpatia proferida aos tristes, todo ato feito para aliviar os oprimidos, e todo dom aos necessitados, se é determinado por um impulso justo, resultará em bênçãos ao doador. PP> pág. 218
13º DIA – 13/01 GÊNESIS 40:16> 42:35
Gên.40:23 O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.
O copeiro do rei dissera possuir a maior gratidão para com José, tanto pela interpretação consoladora de seu sonho como por muitos atos de bondosa atenção; e, por sua vez, este, referindo-se da maneira mais tocante ao seu injusto cativeiro rogou que seu caso fosse levado perante o rei. “Lembra-te de mim”, disse ele, “quando te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa; porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e tampouco aqui nada tenho feito para que me pusessem nesta cova.” Gên. 40:14 e 15. O copeiro-mor viu realizar-se o sonho em todos os pormenores; quando, porém, foi restabelecido ao favor real, não mais pensou em seu benfeitor. Durante mais dois anos José ficou como prisioneiro. A esperança que se lhe acendera no coração, gradualmente morrera; e a todas as outras provações acrescentou-se a amargura da ingratidão. PP> pág. 219
Gên. 41:14
Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó.
Uma mão divina, porém, estava prestes a abrir as portas da prisão. O rei do Egito teve em uma noite dois sonhos, que indicavam aparentemente o mesmo acontecimento, e pareciam prefigurar alguma grande calamidade. Não podia determinar sua significação, e no entanto continuavam a perturbar o seu espírito. Os magos e sábios de seu reino não puderam dar a interpretação. A perplexidade e angústia do rei aumentavam, e o terror espalhou-se por seu palácio. A agitação geral evocou à mente do copeiro-mor as circunstâncias de seu próprio sonho; com este veio a lembrança de José, e uma compunção de remorso pelo seu esquecimento e ingratidão. Ele informou de pronto ao rei como o seu sonho e o do padeiro-mor foram interpretados por um cativo hebreu, e como se cumpriram as predições. PP> pág. 219
Gên. 42:1
(2) VENDO então Jacó que havia mantimento no Egito, disse a seus filhos: Por que estais olhando uns para os outros?
3 Então desceram os dez irmãos de José, para comprarem trigo no Egito.
8 José, pois, conheceu os seus irmãos; mas eles não o conheceram.
18 E ao terceiro dia disse-lhes José: Fazei isso, e vivereis; porque eu temo a Deus.
A fome estendeu-se à terra de Canaã, e foi severamente sentida naquela parte do país em que Jacó habitava. Ouvindo falar da provisão abundante feita pelo rei do Egito, dez dos filhos de Jacó viajaram para ali a fim de comprar trigo. À sua chegada foram encaminhados ao agente do rei e juntamente com outros pretendentes vieram apresentar-se perante o governador da terra. E eles “inclinaram-se ante ele com a face na terra”. “José, pois, conheceu os seus irmãos; mas eles não o conheceram.” …
Gên. 42:6 e 8. Seu nome hebreu tinha sido mudado por outro, concedido pelo rei; e pouca semelhança havia entre o primeiro-ministro do Egito e o rapaz que haviam vendido aos ismaelitas.
… Quando José viu os irmãos curvarem-se e fazerem-lhe mesuras, seus sonhos vieram-lhe à mente, e as cenas do passado surgiram vividamente diante dele. Seu olhar penetrante, examinando o grupo, descobriu que Benjamim não estava entre eles. Teria ele também caído como vítima da traiçoeira crueldade daqueles homens ferozes? Decidiu-se a saber a verdade. “Vós sois espias”, disse ele severamente; “e viestes para ver a nudez da terra.” Gên. 42:9. PP> págs. 224,225
José andava com Deus. Não seria persuadido a desviar-se da vereda da justiça e transgredir a lei de Deus, por nenhum incentivo ou ameaça. Seu domínio próprio e paciência na adversidade e sua inquebrantável fidelidade foram deixados em registro para benefício de todos os que posteriormente vivessem na Terra. Quando os irmãos de José reconheceram diante dele o seu pecado, liberalmente ele lhes perdoou e mostrou, pelos seus atos de benevolência e amor, que não abrigava ressentimentos pela maneira cruel com que agiram em relação a ele. HR> pág. 103
14º DIA – 14/01 GÊNESIS 42:36> 45:19
Gên. 43:3
Mas Judá respondeu-lhe, dizendo: Fortemente nos protestou aquele homem, dizendo: Não vereis a minha face, se o vosso irmão não vier convosco.
4 Se enviares conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos alimento;
Gên. 43:5 Mas se não o enviares, não desceremos; porquanto aquele homem nos disse: Não vereis a minha face, se o vosso irmão não vier convosco.
Mas a seca continuou, e, com o correr do tempo, o suprimento de trigo que fora trazido do Egito estava quase esgotado. Os filhos de Jacó bem sabiam que seria em vão voltar ao Egito sem Benjamim. Tinham pouca esperança de mudar a resolução de seu pai, e aguardavam o desenlace daquilo em silêncio. Cada vez mais negra se tornava a sombra da fome que se aproximava; no rosto ansioso de todos no acampamento, lia o ancião a necessidade deles; e finalmente disse: “Tornai, comprai-nos um pouco de alimento.” Gên. 43:2. PP> pág. 227
De novo viajaram ao Egito, e apresentaram-se perante José. Caindo seu olhar sobre Benjamim, o filho de sua própria mãe, ficou ele profundamente comovido. Ocultou, entretanto, a sua emoção, mas ordenou que fossem levados para sua casa, e que se fizessem preparativos para comerem com ele. Sendo conduzidos ao palácio do governador, os irmãos estavam grandemente alarmados, receando ser chamados a dar contas do dinheiro encontrado nos sacos. Pensavam que tivesse sido propositalmente colocado ali, para dar motivo de os fazer escravos. Em sua aflição consultaram o mordomo da casa, relatando-lhe as circunstâncias de sua visita ao Egito; e em prova de sua inocência o informaram de que haviam novamente trazido o dinheiro encontrado nos sacos, como também mais dinheiro para comprar alimento; e acrescentaram: “Não sabemos quem tenha posto o nosso dinheiro nos nossos sacos.” Gên. 43:22. O homem respondeu: “Paz seja convosco, não temais; o vosso Deus, e o Deus de vosso pai, vos tem dado um tesouro nos vossos sacos; o vosso dinheiro me chegou a mim.” Gên. 43:23. Sua ansiedade aliviou-se; e, quando Simeão, que fora liberto da prisão, uniu-se com eles, entenderam que na verdade Deus lhes era gracioso. PP> pág. 228
Gên. 45:4
E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se; então disse ele: Eu sou José vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.
7 Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
8(9,10,15,18) Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.
José estava satisfeito. Vira em seus irmãos os frutos do verdadeiro arrependimento. Ouvindo o nobre oferecimento de Judá, deu ordens para que todos, exceto aqueles homens, se retirassem; então, chorando em voz alta, exclamou: “Eu sou José; vive ainda meu pai?” Gên. 45:3. PP> pág. 230
Seus irmãos ficaram imóveis, mudos de temor e espanto. Era governador do Egito seu irmão José, aquele irmão a quem invejavam e teriam morto, e que finalmente venderam como escravo! Todos os seus maus-tratos ao mesmo passaram diante deles. Lembraram-se como tinham desprezado seus sonhos, e agido para impedir o seu cumprimento. Haviam contudo desempenhado o seu papel no cumprimento desses sonhos; e, agora que estavam completamente em seu poder, vingar-se-ia ele indubitavelmente do mal que tinha sofrido. PP> p 230
Os filhos de Jacó voltaram a seu pai com estas alegres novas: “José ainda vive, e ele também é regente em toda a terra do Egito.” PP> pág. 231
15º DIA – 15/01 GÊNESIS 45:20> 48:17
Gên. 45:18
(20,28) E tornai a vosso pai, e às vossas famílias, e vinde a mim; e eu vos darei o melhor da terra do Egito, e comereis da fartura da terra.
Os filhos de Jacó voltaram a seu pai com estas alegres novas: “José ainda vive, e ele também é regente em toda a terra do Egito.”
A princípio o ancião ficou abismado; não podia crer o que ouvia; mas, quando viu o longo séquito de carros e animais carregados, e Benjamim se achou de novo com ele, convenceu-se e, na plenitude de sua alegria, exclamou: “Basta; ainda vive meu filho José, eu irei, e o verei antes que morra.” Gên. 45:26 e 28. PP> págs. 231,232
Outro ato de humilhação restava aos dez irmãos. Confessaram agora ao pai o engano e crueldade que durante tantos anos haviam amargurado a sua vida e a deles. Jacó não suspeitara serem capazes de pecado tão vil, mas viu que tudo tinha sido encaminhado para o bem, e perdoou e abençoou seus filhos erradios. PP> pág. 232
Chegando ao Egito, a multidão encaminhou-se diretamente para a terra de Gósen. Ali chegou José em seu carro oficial, acompanhado de uma comitiva principesca. O esplendor do que o cercava e a dignidade de sua posição foram semelhantemente esquecidos; um pensamento apenas lhe enchia a mente, um anelo fremia seu coração. Vendo ele os viajantes que se aproximavam, o amor cujos anseios por tantos longos anos haviam sido reprimidos, não mais foi dominado. Saltou do carro e apressou-se a dar as boas-vindas ao pai. E “lançou-se ao seu pescoço, e chorou sobre o seu pescoço longo tempo. E Israel disse a José: Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives.” Gên. 46:30. PP> pág. 233
Quando viu que seu fim estava perto, convocou os parentes ao redor de si. Conquanto houvesse sido honrado na terra dos Faraós, o Egito para ele não era senão lugar de seu exílio; seu último ato deveria significar que sua sorte fora lançada com Israel. Foram suas últimas palavras: “Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.” E obteve um juramento solene dos filhos de Israel de que levariam seus ossos consigo à terra de Canaã. “E morreu José da idade de cento e dez anos; e o embalsamaram, e o puseram num caixão no Egito.” Gên. 50:24 e 26. E por todos os séculos de labutas que se seguiram, aquele ataúde, lembrança das derradeiras palavras de José, testificou a Israel de que apenas eram peregrinos no Egito, e ordenava-lhes conservar fixas as suas esperanças na Terra da Promessa, pois que o tempo do livramento certamente haveria de vir. PP> pág. 240
Gên. 48:9
(8,10,16) E José disse a seu pai: Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze-mos aqui, para que os abençoe.
O propósito de Deus para com Seu povo, e as gloriosas possibilidades que tinham perante si foram descritos nas belas palavras: “A fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado.” Isa. 61:3. Jacó, agonizante, dissera de seu filho predileto, por inspiração do Espírito: “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.” Gên. 49:22. Mais adiante diz: “Pelo Deus de teu Pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos Céus de cima, com bênçãos do abismo que está debaixo.” Gên. 49:25. Assim Deus plantara a Israel como uma vide frutífera junto à fonte da vida. Tinha Sua “vinha em um outeiro fértil. E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides”. Isa. 5:1 e 2. PJ> pág. 214
Pronunciadas as últimas bênçãos, Jacó repetiu a incumbência relativa ao seu sepultamento: “Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com meus pais, … na cova que está no campo de Macpela.” “Ali sepultaram a Abraão, e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque, e a Rebeca sua mulher; e ali eu sepultei a Léia.” Gên. 49:29-31. Assim o último ato de sua vida foi manifestar fé na promessa de Deus. PP> pág. 237
Os últimos anos de Jacó trouxeram uma tarde de tranqüilidade e repouso após um dia cheio de inquietações e cansaço. Acumularam-se nuvens negras por sobre o seu caminho; contudo, claro se pôs o seu sol, e o brilho do céu iluminou suas últimas horas. Dizem as Escrituras: “No tempo da tarde haverá luz.” Zac. 14:7. “Nota o homem sincero, e considera o que é reto, porque o futuro desse homem será de paz.” Sal. 37:37. PP> pg 237
16º DIA – 16/01 GÊNESIS 48:18>
Gên. 49:10
O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
25 Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.
26 As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.
O leão, rei das selvas, é um símbolo apropriado desta tribo, da qual veio Davi, e o Filho de Davi, Siló, o verdadeiro “Leão da tribo de Judá”, perante quem todos os poderes finalmente se encurvarão, e todas as nações prestarão homenagem. PP> pág. 236
A vida de José ilustra a de Cristo. Foi a inveja que moveu os irmãos de José a vendê-lo como escravo; tiveram a esperança de impedir que se tornasse maior do que eles. E, quando foi levado para o Egito, lisonjearam-se de que não mais seriam perturbados com os seus sonhos; de que haviam removido toda a possibilidade de sua realização. Mas sua conduta foi dirigida por Deus a fim de levar a efeito o mesmo acontecimento que tencionavam impedir. Semelhantemente os sacerdotes e anciãos judeus estavam invejosos de Cristo, receando que deles atraísse a atenção do povo. Mataram-nO para impedir que se tornasse rei, mas estiveram desta maneira a efetuar este mesmo resultado. PP> pág. 239
José, mediante seu cativeiro no Egito, tornou-se um salvador para a família de seu pai; contudo, este fato não diminuiu a culpa de seu irmãos. Semelhantemente, a crucificação de Cristo, pelos Seus inimigos, dEle fez o Redentor da humanidade, o Salvador de uma raça decaída, e Governador do mundo inteiro; mas o crime de Seus assassinos foi precisamente tão hediondo como se a mão providencial de Deus não houvesse dirigido os acontecimentos para Sua glória e o bem do homem. PP> pág. 239